sexta-feira, 22 de março de 2013

Eu em Treze gestos de um corpo!!!

 
"Treze gestos de um corpo"
Coreografia  de Olga Roriz
Fotos: De Orte
Dezembro de 2011
 
A dança contemporânea cria, articula, discute, questiona… É arte protesto, manifesto, comunicação, expressão, arte engajada, ativista e política! Que arregaça as mangas e se coloca no mundo, que se posiciona, que não dorme, que se angustia, é arte clara, arte que troca e toca. Que faz do espaço seu ambiente, se torna ambiente, é das ruas e da elite, única e coletiva, sensível e, sobretudo humana!

domingo, 17 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

Queridos amigos, aqui estou eu novamente brigando com as palavras para tentar exprimir, significar, explicar... o que, não só a presença, mas também o pensamento e a vibração positiva que cada um de vocês enviou representou para mim! Essa energia arrepiante, verdadeiramente palpável, que te preenche e te faz sentir a pessoa mais feliz do mundo quando está envolvida por pessoas que tanto ama! Queria que esse momento nunca mais acabasse... OBRIGADUUUUU....a todos vocês que fazem parte dessa minha história...

quarta-feira, 13 de março de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

Lançamento e autógrafos


Queridos amigos! Quinta-feira dia 14 de março às 19h30 estarei lançando oficialmente meu livro Balés Ilustrados: Giselle. Será nas dependências das Livrarias Curitiba - Shopping Estação. Nada me fará mais feliz do que sua presença. Te espero lá!!!

 

Entrevista em Joinville!!!




Regina Kotaka: "Sem disciplina, não há o bailarino"
Foto: Pena Filho

Escolha para a vida

Leandro S. Junges

A opção pela dança foi tão natural na vida da bailarina profissional Regina Kotaka, do Balé do Teatro Guaíra, de Curitiba, que ela simplesmente deixou de lado qualquer oportunidade que não significasse dançar. Até o curso de arquitetura, cuja vaga foi conquistada num acirrado vestibular, ficou em segundo plano. Aos 42 anos - 34 de dança -, ela é uma das figuras mais queridas entre os bailarinos que circulam pelo Festival de Dança. "Já perdi as contas de quantas vezes me apresentei aqui", diz, reforçando o carinho que tem pelo evento. Horas antes da apresentação na abertura, ela falou sobre a vida profissional e o contato com os jovens que chegam todo ano em Joinville.
Entrevista / Regina Kotaka

AN Festival - Você começou a dançar cedo e se profissionalizou rápido. Há movimentos que você ainda tem dificuldade ou que você tenha treinado com muito mais ênfase nestes anos todos?
Regina Kotaka
- Não apenas um, mas praticamente todos os movimentos. O domínio vem com o treino, mas, para atingir a perfeição do movimento, a gente tem de tentar todos os dias, a cada dia.
ANF - Além da formação extradança e da dança propriamente dita, que outra formação um bailarino profissional precisa buscar?
Regina
- Música, teatro... tudo o que ele puder aprender deve ser aprendido. E não acho que isso seja apenas para um bailarino profissional. Os bailarinos que estão iniciando em Joinville hoje, por exemplo, vão crescer, aprender muito e certamente terão de estar aqui dando entrevistas e falando no lugar de quem está hoje fazendo isso. Além disso, é passar informações para as outras pessoas. É uma questão pessoal, humana. A gente precisa passar alguma coisa para os nossos filhos que não seja apenas a dança.
ANF - Como é o relacionamento com os coreógrafos?
Regina
- É preciso entender que os coreógrafos estão concebendo com o nosso corpo, estão criando uma nova idéia com a ajuda do bailarino. Então, o bailarino é uma espécie de massinha de modelar, mas que tem forma de gente. Na verdade, os coreógrafos depositam toda a ansiedade para que a idéia, para que a criação dê certo no corpo e no movimento do bailarino. Por isso, o trabalho deles aparece em tudo o que a gente consegue produzir e sentir.
ANF - Mas isso quase sempre acontece em meio aos conflitos, não?
Regina
- Claro que há conflitos. Mas eu acho que isso acontece mais se o bailarino for resistente. Se ele não quiser se moldar, vai quebrar. Se a gente for suficientemente maleável, é muito bom, porque dá oportunidade para trabalhar com várias personalidades, com muitos coreógrafos diferentes, de diferentes concepções. A gente precisa se entregar de corpo e alma. E se o bailarino sentir que há uma aresta na relação, é mais fácil ele próprio se corrigir do que tentar mudar a pessoa que está criando e que tem muito a oferecer para a formação do bailarino. É preciso estar aberto para receber isso.
ANF - Como é a rotina de um bailarino profissional na companhia?
Regina
- É muito puxado. A gente faz algumas coisas iguais, mas nunca é da mesma maneira. Mesmo que a gente não esteja viajando e passe algum tempo apenas tendo aulas, ensaiando os mesmos balés, todo dia é diferente porque o físico de um bailarino responde de maneira diferente a cada dia, a cada exercício. A segunda-feira, quando a gente reinicia o trabalho físico, por exemplo, é um dia horrível, péssimo. A gente passa todos os dias tentando se superar, todos os dias melhorando de uma dor ou tentando aperfeiçoar um movimento.
ANF - Com a atual apresentação ("O Grande Circo"), você está empenhada nas técnicas circenses, mas que outras técnicas você precisou aprender?
Regina
- (risos) Eu já fiz até lutas marciais, natação, patinação... enfim. Tudo o que envolve movimento. Ah! E nos finais de semana eu sou jipeira. Meu marido corre de jipe e a gente participa de vários campeonatos. É muito radical e diferente da dança. Ninguém associa uma bailarina com lama, né? Mas eu navego para ele, tenho muita disciplina e, como o bailarino, o navegador não pode errar.
ANF - Aliás, disciplina é uma das palavras mais importantes no dicionário de um dançarino?
Regina
- Desde pequeno se aprende a ser disciplinado. Sem ela não há o bailarino. O corpo só vai trabalhar com disciplina. Hoje eu trabalho seis horas por dia, mas houve um tempo em que eu almoçava a dança, amanhecia dançando e sonhava com a dança. Quando se está começando, a dedicação precisa ser muito maior. Mas é uma opção, se há amor à dança, algo precisa ficar de lado. Então, a disciplina começa desde cedo.
ANF - Você costuma prestar atenção nos jovens bailarinos que estão chegando ao festival. O que conversa com eles?
Regina
- Claro. Olha, o corpo da gente é uma linguagem universal. Um bom dançarino não precisa falar inglês, alemão, francês. O corpo é uma linguagem universal e o bom bailarino precisa aprender essa linguagem direitinho. E se tivesse que dizer algo a eles, diria: olha, aprende a falar bem direitinho essa língua.