quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Depoimento de Eliana Caminada postado no FB dia 12/12/12


Amigos, queria deixar registrado o meu absoluto encantamento com o trabalho de Regina Kotaka com sua publicação Balés Ilustrados.
O trabalho de Regina, nesse primeiro número inspirado em Giselle, denota, não apenas conhecimento da obra, talento como ilustradora, capricho incontestável na apresentação do livro, mas, acima de tudo, denota imenso amor ao ballet.
Só quem ama é capaz de se debruçar meses a fio, talvez mais, desenhando cada cena do ballet Giselle, com a intenção de divulgar para vários públicos obras imortais do repertório balético.
Estou impressionada, assim como ficaram boquiabertos, Eric e Aldo. Vou verificar o lugar onde os livros poderão ser adquiridos e, ao mesmo tempo, registrar aqui minha profunda admiração pela artista, amiga e companheira Regina Kotaka. A ela, nossos agradecimentos pelo muito que ela ama a dança e pela pessoa que ela é.
 

 
 
 

 
 

Eliana Caminada
Orientadora e consultora em dança
Leciona as disciplinas História da Dança e Técnica de Ballet Clássico no Centro Universitário da Cidade – Rio de Janeiro
Ocupou os cargos de primeira bailarina do “Balé Guaira” e de solista do“Ballet da Ópera Estatal de Munique”
 

 
 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Meus personagens descritos pela jornalista Paola De Orte!!!

Minhas criações estão registradas no Escritório de Direitos Autorais na Biblioteca Nacional, e foram descritos pela jornalista Paola De Orte em 2004.
 
 
 
 
 
Kotakinha

 

Dizem que quando Kotakinha tinha apenas um ano, ela já esticava os pezinhos e todos na família diziam que um dia ela seria bailarina. Quando ela fez três anos sua mãe a levou para assistir a um espetáculo de balé e desde esse dia, ela nunca mais esqueceu as bailarinas dançando no palco com suas sapatilhas de ponta e disse em voz alta “Um dia eu vou ser bailarina!”.
Com sete anos ela entrou na escola de dança e passava dias em frente ao espelho, usando “tutus” e ensaiando os passos que aprendia na aula. Mas Kotakinha tinha uma mania que deixava sua professora preocupada: distraída, ela nunca amarrava as sapatilhas. De vez em quando até amarrava, mas de um jeito ou de outro, elas acabavam se soltando. De tanto dar bronca, a professora acabou desistindo. Percebeu que um dia ela seria uma grande bailarina e achou que um dia as sapatilhas desamarradas podiam até virar um charme a mais para essa menina que já começava a ganhar destaque.
Com o tempo e a dedicação da professora, que acabou virando sua maior amiga e fã, Kotakinha virou a aluna mais conhecida da escola que fazia e com o tempo e a fama de melhor bailarina, ela passou a ser mais conhecida e foi convidada para fazer um teste para uma grande companhia de balé.
Agora ela tem 17 anos e está se preparando para esse grande passo, com a ajuda de seu namorado, que também é bailarino e faz par com ela na maioria das coreografias.
Nome: Kotakinha
Idade: 17 anos
Características: dedicada, persistente, distraída, romântica.
Detalhe: sempre esquece as sapatilhas desamarradas
Curiosidade: come de tudo e não engorda. “Nasceu para o balé!” dizia a professora, sobre o físico magrinho da Kotakinha
Sonho: continuar dançando até quando for possível e se tornar uma grande bailarina.
Música: Chopin e Tchaikovsky
Visual: “Me inspiro nas heroínas de mangá”.
Frase: “Siga sempre o seu sonho”
Marca registrada: dedos dos pés sempre machucados, de tanto se equilibrar nas pontas das sapatilhas.
Amor: “O meu namorado e o Balé!”
 
 
 
 
 
Yu
 
Quando o Yu era pequeno, sempre jogava na reserva. Detestava futebol: sempre que ia chutar, a bola ia para lado completamente oposto, e além disso, achava o jogo chato demais. Até que um dia ele tinha 14 anos, e, sentado no banco da reserva, viu uma menina sentada na arquibancada num dia que estava acontecendo um campeonato da escola. Ela usava um coque no cabelo e tinha olhos grandes e brilhantes. Ficou tanto tempo olhando para os olhos da menina, que nem percebeu quando o seu time fez um gol. Só pôde ouvir o grito “Goooooooooooool!” e saiu correndo para o meio do campo comemorar com os amigos, dando pulos e piruetas. Foi quando ele olhou para a arquibancada e viu que a menina não parava de reparar nos saltos que ele dava no meio do campo. No final do jogo, a menina veio conversar com ele e perguntou se ele não gostaria de conhecer uma escola de balé.
Desde esse dia, o Yu nunca mais parou de dançar. Todos reconheciam que apesar de o menino não levar o menor jeito para o futebol, na dança, ele era incrível. Saltava com leveza e os comentários eram sempre elogios impressionados.
A menina que ele tinha visto na arquibancada era a Kotakinha. Depois de algum tempo dançando juntos nas apresentações de Balé da escola, os dois começaram a namorar. Ver os dois dançando juntos era lindo, além de ser um casal de verdade, o talento dos dois era inegável. Diziam que um dia ele seria o casal de bailarinos mais famoso ao redor do mundo, mas os dois diziam que só queriam ser o casal de bailarinos mais feliz do mundo.
Nome: Yu
Idade: 18 anos
Características: Sorridente, bem educado e esforçado
Detalhe: sempre que quer comemorar, faz piruetas e saltos, impressionando todos a sua volta
Curiosidade: Começou a dançar com 14 anos e com 18 anos já mostrava resultados incríveis
Sonho: Conseguir um curso no “The Juilliard School”
Música: Beethoven e Mozart
Visual: “Gosto de me vestir com roupas confortáveis, para sair dançando quando eu bem entender!”
Frase: “Faça o que você ama, independente do que as pessoas achem do seu sonho!”
Marca registrada: cabelos bagunçados, “menos nas apresentações, senão a professora me mata!”
Amor: “Os olhos da Kotakinha.... ah, e o Balé, claro!”
 
 
 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Clique aqui e visualize algumas páginas do livro Balés Ilustrados: Giselle
Minha criação foi autodidata,

Comecei rascunhando em papel sulfite,

levei para o computador,

redesenhei e colori,


sombreei,

ambientei,

e por fim, adicionei o texto e diagramei!


Balés Ilustrados foi uma ideia que tive quando estava estagiando em escolas de dança. Percebi o quanto nos ajudaria sabermos o que estamos dançando e o que estamos assistindo para desfrutarmos ainda mais um espetáculo de dança.  Senti a necessidade de material onde pudéssemos pesquisar, esclarecer eventuais dúvidas e que ainda pudesse incentivar nossos jovens a se interessar pelo repertório do balé clássico. Fiquei me questionando sobre qual seria a melhor maneira de preencher essa lacuna, e a maneira que encontrei foi transportar para o papel, no formato de quadrinhos, toda a coreografia. Iniciei rabiscando trechos de um dos principais balés do romantismo, Giselle.

Escolhi Giselle por ter sido um dos primeiros clássicos que dancei, além de ser um dos meus favoritos, o que muito me facilitou.

Enfim, fixei no papel cenas que achei serem relevantes para descrever a história dançada e notei que usando de poucas palavras poderia legenda-lo. Sim legenda-lo, porque para mim, é como se estivesse colocando legendas em um balé em tempo real, como quando se colocam legendas nas óperas.

O outro motivo foi o de que nós bailarinos, somos muito críticos com a estética da dança clássica, e por mais que fantásticos artistas plásticos se dediquem a reproduzir nossos movimentos. Só nós mesmos é que sabemos até onde um “en dehors” ou um “arabesque” é humanamente possível dentro da estética do balé clássico, além de suas características em cada período histórico. Claro que meus personagens são dotados de excelentes condições físicas além de suas belíssimas qualidades interpretativas.

Assim, é com imenso prazer que apresento o primeiro livro da série Balés Ilustrados:

“Giselle”