Balés Ilustrados foi uma ideia
que tive quando estava estagiando em escolas de dança. Percebi o quanto nos
ajudaria sabermos o que estamos dançando e o que estamos assistindo para
desfrutarmos ainda mais um espetáculo de dança.
Senti a necessidade de material onde pudéssemos pesquisar, esclarecer
eventuais dúvidas e que ainda pudesse incentivar nossos jovens a se interessar
pelo repertório do balé clássico. Fiquei me questionando sobre qual seria a
melhor maneira de preencher essa lacuna, e a maneira que encontrei foi transportar
para o papel, no formato de quadrinhos, toda a coreografia. Iniciei rabiscando trechos
de um dos principais balés do romantismo, Giselle.
Escolhi Giselle por ter sido um
dos primeiros clássicos que dancei, além de ser um dos meus favoritos, o que
muito me facilitou.
Enfim, fixei no papel cenas que
achei serem relevantes para descrever a história dançada e notei que usando de
poucas palavras poderia legenda-lo. Sim legenda-lo, porque para mim, é como se
estivesse colocando legendas em um balé em tempo real, como quando se colocam
legendas nas óperas.
O outro motivo foi o de que nós
bailarinos, somos muito críticos com a estética da dança clássica, e por mais
que fantásticos artistas plásticos se dediquem a reproduzir nossos movimentos.
Só nós mesmos é que sabemos até onde um “en
dehors” ou um “arabesque” é
humanamente possível dentro da estética do balé clássico, além de suas características
em cada período histórico. Claro que meus personagens são dotados de excelentes
condições físicas além de suas belíssimas qualidades interpretativas.
Assim, é com imenso prazer que apresento
o primeiro livro da série Balés Ilustrados:
“Giselle”
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